O Banco Central do Brasil anunciou em Fevereiro deste ano o lançamento do novo modelo de pagamento. Atualmente, 980 instituições financeiras participam do processo de adesão ao sistema. Campos Neto, presidente do Banco Central, destacou que o objetivo do Banco Central é internacionalizar e digitalizar o mercado de pagamentos.
O Pix pretende conectar fintechs, varejistas, pessoas, bancos tradicionais e digitais por meio de um único sistema que poderá transferir fundos de maneira rápida e com custo na casa dos centavos por transação.
Essa é a principal vantagem prática do Pix em relação às transferências TED, DOC e aos pagamentos por cartões de crédito e de débito. Ao passo que enviar dinheiro de um banco para o outro pode custar até R$ 10, varejistas podem pagar muito mais que isso ao aceitar um pagamento por cartão, dependendo da taxa que sua maquininha cobra por operação.
A autoridade monetária espera que as transferências, inclusive entre bancos diferentes, e pagamentos sejam realizados em dez segundos. Os pagamentos poderão ser feitos em qualquer horário, incluindo aos finais de semana. A previsão é que a tecnologia comece a funcionar em Novembro.
O presidente da autoridade monetária afirmou que as instituições financeiras que tiveram o pedido negado poderão tentar novamente em 1º de Dezembro.
"Entendemos que a sociedade demanda instrumentos de pagamentos que sejam baratos, seguros, rápidos e transparentes. Além do Pix, temos o Open Banking em paralelo e pensamos em simplificação e evolução do sistema cambial", salientou o economista.
"Iremos divulgar o regulamento definitivo no próximo mês, proporcionando plena clareza em relação às regras do arranjo para o seu lançamento", afirmou Campos Neto.
O Banco Central autorizou que as instituições financeiras realizem ações informativas e educacionais sobre o Pix. Entretanto, publicidades e campanhas de marketing relacionadas a oferta específica de serviços deverão ser disponibilizadas somente após a divulgação definitiva do manual de utilização da marca, com data prevista para Julho.
Roberto Campos Neto, anunciou na última segunda-feira (22) que o novo modelo de pagamentos instantâneos, também irá permitir o saque em dinheiro em estabelecimentos comerciais.
A funcionalidade tem o intuito de reutilizar o dinheiro no varejo e de ampliação da capacidade, comunicou o BC. De acordo com o presidente da autoridade monetária, mais detalhes sobre o Pix serão divulgados na próxima reunião sobre o meio de pagamento eletrônico.
"As regras e os primeiros detalhamentos desse produto serão apresentados na próxima reunião do Fórum PI, em Agosto", afirmou Campos Neto, durante abertura da 9ª reunião plenária do Fórum Pagamentos Instantâneos.
"Além disso, tem potencial de reduzir ainda mais o custo logístico e operacional com a distribuição de numerário. Além de agregar conveniência aos consumidores, pode gerar negócios adicionais aos varejistas, e permite aos participantes do Pix novas possibilidades", destacou.
"Confio que as instituições participantes desenvolverão modelos de negócio e estratégias interessantes e economicamente atrativas, ofertando o Pix às empresas de modo a refletir o baixo custo e agregar serviços que gerem valor para os clientes", acrescentou.
"O Pix está entre os projetos mais importantes da pauta estratégica do BC, a Agenda BC. Essa agenda visa a promover a democratização financeira por meio da evolução tecnológica, tratando de questões estruturais do sistema financeiro e de pagamentos", declarou.
A etapa de homologação, que simula as transações e testam as funcionalidades do sistema, começa na próxima quarta-feira, 1º de Julho. A intenção do Banco Central é deixar tudo pronto até Novembro.