A embaixada da China no Brasil reagiu na última sexta-feira (21), a um artigo publicado por representante do Departamento de Estado dos Estados Unidos na imprensa brasileira e que defendia a exclusão da Huawei do 5G nacional.
Em nota à imprensa, a embaixada chamou a manifestação de interferência grosseira à cooperação sino-brasileira. Na última quarta-feira (19), o subsecretário de crescimento econômico, energia e meio ambiente do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Keith Krach, publicou um artigo no jornal O Globo defendendo o projeto de "redes limpas" do governo norte-americano.
(Foto: Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo / Getty Images)
Na ocasião, Krach reiterou as acusações de espionagem e obediência ao governo chinês feitas pela gestão de Donald Trump contra a Huawei. A embaixada da China, por sua vez, classificou os comentários como uma tentativa de intimidação e de difamação.
"A Huawei, uma empresa privada de renome mundial, não tem nenhum incidente de segurança cibernética, nem caso de espionagem e vigilância na rede de informações. Também não há nenhuma prova de que os produtos da empresa tenham dispositivos para essa finalidade, os chamados backdoor", afirmou a embaixada, que ainda acusou os Estados Unidos de contarem com um histórico "escandaloso" em segurança cibernética.
"O 5G é uma importante ferramenta para alavancar uma nova etapa da revolução industrial. Politizar ou ideologizar essa tecnologia e as cooperações nesse campo só irá retardar o processo da economia digital do mundo", completou a embaixada.
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