NASCAR proíbe bandeiras confederadas em todas as corridas e eventos

NASCAR proíbe bandeiras confederadas em todas as corridas e eventos

Na última semana, o único piloto negro em tempo integral na Copa Series da NASCAR pediu ao órgão de automobilismo que banisse bandeiras dos Confederados de seus eventos. Dois dias depois, seu sonho se tornou realidade.

Após reclamações de Bubba Wallace em rede nacional, a NASCAR emitiu um comunicado proibindo o símbolo atrelado ao racismo e ao período de escravidão dos Estados Unidos.

A bandeira confederada foi criada em 1861, por agrários e escravistas de seis estados do sul dos Estados Unidos (Alabama, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Louisiana e Mississipi) após a vitória de Abraham Lincoln, abolicionista declarado, nas eleições presidenciais do ano anterior. Eles então declararam independência e contaram com apoio de outros estados como Texas, Carolina do Norte, Kentucky, entre outros.

(Foto Reuters)

A guerra que dividiu os Estados Unidos acabou em abril de 1865, quando o General Robert Edward Lee se rendeu ao General Ulysses S. Grant. Apesar disso, muitos moradores dos territórios rebeldes continuam usando a bandeira confederada como símbolo de orgulho, por vezes pela representação de heroísmo do povo e, em alguns casos, para homenagear antepassados que foram combatentes.

"A presença da bandeira confederada nos eventos da NASCAR é contrária ao nosso compromisso de oferecer um ambiente acolhedor e inclusivo para todos os fãs, nossos concorrentes e nossa indústria", disse a NASCAR em comunicado horas antes de sua última corrida em Martinsville, Virginia.

"Reunir as pessoas em torno do amor pelas corridas e pela comunidade que ela cria é o que torna nossos fãs e esportes especiais. A exibição da bandeira confederada será proibida em todos os eventos e propriedades da NASCAR".