Confira os 10 melhores álbuns gringos de rap em 2019

Confira os 10 melhores álbuns gringos de rap em 2019

Por Rodrigo Dhakor

Segundo informações, 2019 foi considerado um ano tanto quanto mediano para tudo que envolve a música rap e o universo do hip-hop, pois muitos dos maiores e mais confiáveis ​​artistas do gênero não lançaram álbuns tão expressivos assim. 

Mas isso não significa que devemos cair nessa completamente. Como outros setores da música, o hip-hop sempre esta passando por transições. Os mais velhos saem para dar lugar a uma série de artistas novos; Algumas figuras subestimadas comercialmente, como Your Old Droog e Freddie Gibbs, retornaram com lançamentos notáveis; Kanye West surge com outra temática, e com isso, 2019 talvez não tenha sido exatamente o ano mais mediano em termos de lançamentos, sendo certamente um ano muito bom. 

Selecionamos abaixo os discos de rap favoritos da galera no ano de 2019 (e também de acordo com o que se ouve pelos corredores da redação musical da The Game). 

 

10. Freddie Gibbs & Madlib "Bandana"

Segundo álbum colaborativo entre Freddie Gibbs e Madlib, "Bandana", mostra o que de melhor em 2019 fizeram entre rimas, samples e batidas. Ambos os rappers estão envolvidos em alguns dos melhores discos de hip-hop da década. Entre seus estilos diferentes, os discos "Bandana" e "Piñata" são provas de que realmente eles podem fazer o que bem de melhor sabem quando trabalham juntos.

 

9. Boogie "Everythings for Sale"

Álbum de Anthony Dixon que mostra muito das ideias que ainda se mantêm firmes desde sua primeira mixtape"Thirst 48" de 2014. Assuntos como suicídio, traça uma linha que se volta pra dentro do artista, mesmo assim o disco carrega muito humor e batidas que fazem com que as rimas transcendam alta qualidade.

 

8. Clipping "There Existed an Addiction to Blood"

Disco que canaliza medos e pesadelos de uma imaginação. O trio de rap experimental de Los Angeles explora texturas sombrias e mostra por meio de trilhas musicais a natureza humana viciada em sangue.  

 

7. Westside Gunn "Hitler Wears Hermes 7"  

Gunn criou em 2019 quantidades e qualidades no qual rappers levam 7, 10 anos para ter. Trabalhou para outros MCs em projetos, trazendo o rap com mochila nas costas, abusado, uma voz única, e uma única preocupação: destruir em linhas. Sem cantoria, sem virada de beat, sem U2 nem Alicia Keys. Manter as coisas simples e focadas naquele rap para ouvir no trem da CPTM fazendo transferências que duram 1 hora pela cidade.

 

6. Rapsody "Eve"

Rapsody é uma das melhores rappers do mundo há alguns anos e conseguiu nesse álbum unir muitas metáforas e trocadilhos inteligentes, além de batidas exuberantes. Esse disco veio só para constatar o óbvio mais uma vez. Ela tem inúmeros problemas na vida, mas rimar não é um deles. Rapsody faz todos os seus reclames com linhas criativas, mantendo você entretido e alerta o tempo todo por meio das melhores alegorias e passagens visuais que ela consegue criar com palavras. Sem mais.

 

5. Gang Starr "One of The Best Yet" 

Ninguém achava que um disco novo do grupo seria possível novamente, mas DJ Premier sentado há anos em cima de horas de rimas, fez com que algumas coisas muito boas virassem canções inteiras. E ele teve a autonomia para chamar quem quis, sendo 1/2 do Gang Starr, algo que garante a integridade do projeto – ao mesmo tempo que selecionou coisas que servira para recortar, colar, fazer uns scratches, uns refrões e o que mais a cabeça conseguisse criar. Essa é a nova obra.

 

4. Tyler, The Creator "IGOR"

Em "IGOR", Tyler realmente pensou em fazer uma desconstrução de menino rebelde de Los Angeles que se tornara um artista focado em externizar sensações, e consequentemente pudera conectar pessoas com isso. Tendo ele inclusive a preocupação de indicar ao seu público, ansioso por seu novo trabalho, uma preparação para melhor absorver o que havia sido proposto. Sem dúvidas uma boa pedida na playlist.

 

3. Your Old Droog "It Wasn't Even Close"

Disco sombrio, sarcástico e que traz vibes de Nasir Jones – mas com um estilo ainda mais relaxado, como quem olha para o despertador e em vez de apertar "soneca", já tira a bateria. Flow muito agradável em cima de loops lo-fi e uma linha de baixo muito forte. Droog apresenta um flow despreocupado, mas uma caneta que amarra sílabas muito bem. Faça questão.

 

2. Little Brother "May The Lord Watch" 

Mesmo sem 9th Wonder nada ficou diferente. Phone e Big Pooh juntaram um pequeno time de produtores (em especial quem mais trabalhou foi Khrysis e Zo!) que trouxeram tudo de melhor para atender as necessidades da dupla de MCs, que se perderam sem seu principal beatmaker. O disco mostra MCs bem melhores em 2019 do que há 14 anos atrás. Ouça.

 

1. Kanye West "Jesus is King" 

O álbum do rapper tem feito muito sucesso, a maior prova disso foi ter liderado no topo da parada de álbuns Billboard 200. Outro termômetro do sucesso deste álbum é que todas as faixas estão na lista "Hot 100", também da Billboard. O primeiro álbum gospel do rapper estreou no dia 25 de outubro e tem conquistado cada vez mais pessoas em todo o mundo. Entre as primeiras dez canções mais vendidas e tocadas da semana está a faixa "Follow God" que ocupa a sétima posição. Sendo ela a 18º música da carreira de Kanye West a estrear no top 10 da revista. Mesmo com uma temática gospel, Kanye ainda é um dos artistas mais criativos da música atual e não apenas do rap. Porque sabe fazer rimas heterodoxas e sabe produzir sobre climas nada óbvios. 

Fotos: Billboard