Kanye West aproveitou o feriado americano de 4 de Julho para dizer, mais uma vez, que vai se candidatar a presidência dos Estados Unidos. O rapper fez o anúncio por meio do Twitter, onde escreveu: "Devemos cumprir a promessa da América confiando em Deus, unificando nossa visão e construindo nosso futuro. Estou concorrendo à presidência dos Estados Unidos".
We must now realize the promise of America by trusting God, unifying our vision and building our future. I am running for president of the United States 🇺🇸! #2020VISION
— ye (@kanyewest) July 5, 2020
Kanye se apresenta como um candidato independente para ocupar a Casa Branca, mas apesar do tweet de que pretende participar da corrida eleitoral ainda em 2020, Kanye ainda não registrou seu nome na Comissão Federal de Eleições (FEC) para as eleições que acontecerão em Novembro.
Desde 2015, Kanye West vinha demonstrando interesse em concorrer ao mais alto cargo da vida pública norte-americana. Em uma premiação da MTV, ele disse que pensava em lançar sua candidatura em 2020.
Em 2018, durante um encontro com o presidente americano Donald Trump, o rapper exibiu um poster em que dizia: "Keep America Great #Kanye2024" (Mantenha a América Grande) insinuando uma possível continuação do governo Trump com ele no poder.
(Foto Reuters)
Entramos na segunda metade de 2020 e Kanye volta ao seu intuito, mas contudo, seis estados norte-americanos já encerraram o prazo para inscrição de nomes que vão concorrer ao cargo nas cédulas de votação. Segundo informações, Kanye já perdeu o período de inscrição na Carolina do Norte, que era até dia 3 de Março, no Texas, com a data proposta até o dia 11 de Maio, e em Nova York, com o prazo encerrado em 26 de Maio, Maine, Novo México e Indiana, que fecharam o período de inclusão nos dias 1, 25 e 30 de Junho, respectivamente.
Nos estados que ainda estão abertos, Kanye West precisaria correr contra o tempo se quiser ter seu nome nas células de votação. Ele precisa apresentar uma plataforma de campanha e, principalmente, coletar o número exigido de assinaturas de cada estado.
As eleições norte-americanas permitem ao candidato apresentar seu nome na Comissão Federal de Eleições sem um prazo definido.
O nome mais próximo dentro do banco de dados é de um candidato supostamente denominado Kanye Deez Nutz West, filiado a um partido de nome Partido Verde em 2015, e que ainda não levantou nenhum dinheiro para a corrida até agora.
Apoio financeiro, parece que Ye já tem. Além da esposa, Kim Kardashian, que recentemente se tornou uma voz pela reforma da justiça criminal nos EUA ajudando a libertar três mulheres da prisão, o bilionário da indústria tecnológica Elon Musk disse que o músico tem o seu "total apoio".
(Foto Twitter / Kanye West)
Caso ele concorra, Kanye terá menos de quatro meses para preparar uma campanha eleitoral, além de precisar reunir muitas assinaturas importantes e se registrar na maioria dos estados do país.
Parada dura, pois além de tudo, Kanye ainda teria que concorrer contra o "cara que ele ama", Donald Trump e o ex-vice presidente de Barack Obama, Joe Biden.
Bastando em desconfianças, três dias após o anúncio, o rapper, que se tornou um bilionário muito recentemente, pediu ajuda ao governo para pagar os funcionários de sua marca Yeezy durante a pandemia.
De acordo com a Small Business Administration, que criou um programa para socorrer empresas com 500 funcionários ou menos, a marca pegou entre 2 e 5 milhões de dólares (mais de 10 e 25 milhões de reais) com o fundo.
Como muita gente tem apontado, é esquisito que uma grife com preços altos e produtos sempre esgotados, além de uma parceria com a gigante GAP e um dono bilionário, precise dessa ajuda. Segundo a empresa, porém, esse empréstimo salvou 160 empregos que estavam "em risco" por conta do coronavírus.
Kanye West ainda não se pronunciou sobre o caso.